Longo estio.
O final de tarde descia
Mas era verão, e assim durava
Ao sol quebrar os picos da serra
E a brisa trazia a maresia
Lá longe da costa…
Debaixo dos pinheiros
Já nada sobrava
Ao olhar restavam oliveiras
E os sobreiros
Cortinas de um terreiro
Seco do longo estio.
Ali havia promessas
Ela, estando lá
Parecia emprestada
Miragem trigueira
Do mais perfeito
Trigo maduro…
Eu, ao vê-la
Nada conseguia prever
Imaginar ou sonhar
Porque do tempo parado
Fica o mosto
Prestes a fermentar
Estando eu já ébrio
De copo vazio…
© Manuel Tavares 22/02/2013
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