O "amiguismo".
Penso que o poder de Lisboa corrompe, mas é um poder que corromperia de igual forma se estivesse localizado em Marvão ou Freixo de Espada à Cinta.
O poder quando concentrado é sempre perigoso, e hoje é por demais evidente que o mal que provoca vai muito além das clientelas instaladas na capital. É algo que se transforma numa cultura, numa forma de estar que tudo justifica e perdoa à luz do mais elementar "amiguismo".
O "amiguismo" não tem cor, nem lei nem roque. O "amiguismo" move-se por objectivos precisos, nem sempre conscientes, mas que estão entranhados na espinha dorsal do "homo-habilis-comó-canecus", que pulula perto de tudo que cheire a protagonismo e poder.
Este "amiguismo" não está interessado no processo, na forma como os seres se relacionam, interagem e se transformam num organismo vivo e pulsante.
O "amiguismo" só tem um objectivo, perpetuar...o "amiguismo".
O "amiguismo" só tem um objectivo, perpetuar...o "amiguismo".
© Manuel Tavares
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