O Alçapão. A "estória" mal contada de um "plano de resgate".
Há algo muito mal explicado nesta "estória"
toda...Devemos desconfiar de tudo que não é claro e geométrico em termos
políticos e económicos.
A linguagem que nos "vendem" está cheia de "alçapões", que são repetidos até à exaustão pelos protagonistas de serviço, com a cumplicidade evidente ou simplesmente sede de sensacionalismo dos média.
A linguagem que nos "vendem" está cheia de "alçapões", que são repetidos até à exaustão pelos protagonistas de serviço, com a cumplicidade evidente ou simplesmente sede de sensacionalismo dos média.
A função de todos os alçapões é conhecida, proporcionar
uma opção de fuga a quem os fabrica, neste caso a desonestidade intelectual , que
por todo lado faz escola e que agita os trapézios do poder que hipnoticamente
adormecem as massas. Resta saber se esta "dormência" geral é apenas
induzida ou igualmente "desejada".
Actualmente o bem
mais escasso é sem dúvida a esperança e nada como uma mentira muita vezes
repetida para ganharmos tempo...Penso que é esta a loucura...O ganhar tempo,
uma qualquer fuga para a frente que nos dê alguma paz e necessária energia para
algo que se avizinha mas que, miseravelmente, tarda ou nunca chega, o tal
"alçapão", que deixe passar um raio de sol.
Mas quando a mão que o abre e encerra serve um dono
caprichoso e vil, a escuridão permanecerá travestida de "liberdade
democrática sazonal”. De nada adianta cortar a "mão"... São como
caudas descartáveis de uma qualquer lagartixa que agarramos num quintal...O
"bicho" sempre foge com o "saque", de uma forma tão clara,
violenta e impune, que à revolta cedo
sucede a generalizada depressão. Agora é para todos claro para quem foi feita
esta justiça...Uma justiça de "alçapões".
O drogado sabe
intimamente que se droga tal como o ladrão sabe que rouba...Os
"funcionários" que nos "gerem" sabem intimamente muito bem
o seu papel...ganhar tempo...apenas isso...ganhar tempo e promover válvulas de
escape ou "fait divers" que bloqueiem uma possível revolta
generalizada.
O que fazer?? Há que de facto criar alternativas e nisso
a "intelectualidade" que tantos abominam pode ser fundamental na
constituição de uma opção válida, desde que o lado operacional não seja
esquecido...
Nada pior que depois de uma queda do sistema, surgir um vazio
rapidamente preenchido pelos populismos de serviço.
Adianta também saber se a crise é do sistema ou se é uma crise moral. Uma profunda crise de valores que se pode sem dúvida atribuir a uma interpretação absolutista dos paradigmas liberais, alicerçada num consumismo cego.
Adianta também saber se a crise é do sistema ou se é uma crise moral. Uma profunda crise de valores que se pode sem dúvida atribuir a uma interpretação absolutista dos paradigmas liberais, alicerçada num consumismo cego.
Penso que há que falar claro, não é possível o
crescimento eterno! Continuar a "vender" esta ideia é perigoso e
inútil...Vamos empurrando o problema de geração em geração.
Terá chegado finalmente a factura da loucura iniciada na revolução industrial?
Terá chegado finalmente a factura da loucura iniciada na revolução industrial?
Se tal é verdade vivemos um momento de transição
histórico, saberemos estar à altura?
© Manuel Tavares
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